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Sede CAU/TO
Ficha técnica:
- Arquiteto responsável: Pablo José Vailatti
- Co-autor: Marcos V. da Costa
- Localização: Tocantins, Palmas.
- Área total construída: 685 m2
- Selecionado entre os 10 Finalistas no Concurso para a Nova Sede do Cau (TO)
Descrição do projeto:
A implantação da edificação buscou liberar a porção frontal do lote para uma praça co paisagismo, onde estão locadas as vagas de veículos e acesso de pedestres. As pavimentações utilizadas serão pedra portuguesa, nas cores branco e preto, concregrama e grama nos canteiros, criando um paisagismo integrado a própria arquitetura. O recuo do edifício em relação ao afastamento frontal cria o “promenade architetural”, fazendo com que o usuário possa contemplar a arquitetura de longe e ao caminhar até ela.
A organização da planta baixa tem seu partido em um jardim central, servindo como espaço de ventilação e iluminação natural a praticamente todos os ambientes. Este vazio é protegido por um pergolado na sua cobertura e todos os fechamentos internos em vidro são protegidos por cobogós em concreto, evitando a entrada de calor nos ambientes. Paralelamente ao jardim foi locada a escada em linha, conectando os dois pavimentos.
A proposta formal arquitetônica explora a tectônica dos materiais que formam a obra. A materialidade do concreto aparente foi explorada em toda a estrutura da edificação e juntamente com as chapas em aço corten perfuradas, que fazem papel de brise na fachada norte, são os principais materiais da edificação, somados também a transparência dos painéis em vidro, a cor preta das esquadrias em alumínio e a pintura branca das paredes em alvenaria.
Formalmente o edifício nasce de duas lâminas horizontais, ligadas a duas empenas laterais, todas em concreto aparente. O fechamento do pavimento superior, o qual possui um balanço frontal de quatro metros, é em chapas de aço corten e do pavimento inferior, predominantemente em panos de vidro, resultam em um volume simples e expressivo, reforçando a identidade institucional do edifício.
A utilização de materiais modernos e contemporâneos, juntamente com uma linguagem formal abstrata e racional, define arquitetonicamente este edifício. Para acessibilidade universal foram previstas rampa externa de acesso ao edifício, elevador (utilizado como plataforma vertical até a sua instalação), banheiros P.N.E. e circulações com 1,50 metros de largura, permitindo ao cadeirante um giro de 360°. Buscando economia na obra, bem como identificação com a arquitetura brasileira, adotou-se a estrutura em concreto armado. Todas as lajes serão maciças, preenchidas por peças de poliestireno expandido, gerando conforto térmico e acústico, tanto entre pavimentos quanto entre interno e externo. Os ambientes serão servidos de máquinas de ar-condicionado, as quais possuem máquinas externas em área técnica específica.
Para melhor conforto térmico e acústico serão utilizadas laje de concreto maciça com blocos internos em poliestireno expandido, argila expandida na cobertura, projeção do pavimento superior como proteção do pavimento inferior, chapas de aço corten perfuradas como proteção solar do pavimento superior, criação de um vazio central na edificação, caracterizado por jardim aberto, gerando entrada de luz natural e propiciando ventilação cruzada entre os ambientes internos principais. A água da chuva será captada pelas tubulações indicadas no projeto e armazenada em cisterna subterrânea para posterior reuso. Prevendo o uso de energia fotovoltaica, foram locadas placas solares na cobertura, voltadas para o norte, aproveitando o forte calor da região.