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Edifício Cidade do Conhecimento
Ficha técnica:
- Nome do Projeto: TRANSVERSAL – Concurso Cidade do Conhecimento
- Autor do projeto: Pablo José Vailatti
- Co-autores: Ana Neves Meirinho, Cadu Cavalheiro, Lucas Heidenreich Garcia
- Ano de conclusão do projeto: 2023
- Área bruta construída: 2.015 m²
- Localização do projeto: Criciúma, LíderSC, Brasil
- Clientes: SATC – Concurso Cidade do Conhecimento
Descrição do projeto:
Na transversalidade da relação de um futuro mais humano, sustentável e consciente e a história que permeia a cultura local, o projeto se estabelece. Possibilitando uma nova maneira de gerar conexões interpessoais e sensitivas, relacionando os diferentes usos e funções nos espaços edificados, juntos às tecnologias e materiais tradicionais naturais, cria-se uma composição harmônica, criativa e eficiente.
Térreo habitável, diversidade nas conexões espaciais e permeabilidades visuais, rigor construtivo, relação carbono zero e possibilidades de adaptação revelam o projeto como único.
Pensado para pessoas e partindo da valorização do convívio, o projeto prevê a interligação de todas as edificações através de praças e eixos visuais, objetivando a qualidade espacial e o uso por todos.
Todas as fachadas são ativas, garantindo o uso e a segurança. Os planos angulados criam movimento e estimulam a criatividade do usuário, que pode adentrar o edifício por diversos caminhos. Tais planos conformam o que se interpreta como eixos do conhecimento e da inovação, conectando o novo edifício com o espaço urbano à sua volta.
Através do térreo livre, exterior e interior se misturam, tornando a edificação fluida e convidativa. Pensada como um todo, a paginação de piso e elementos paisagísticos se integram ao interior.
A área de estacionamento foi diluída em dois blocos às margens para manter a eficiência do uso e para priorizar pedestres, evitando grande concentração de carros. Propõe-se travessias elevadas nos dois cruzamentos e tratamento de piso que incentivam a redução da velocidade. Estimula-se o uso de bicicletas ao garantir espaços de paragem e vias compartilhadas com pedestres, além de a edificação dispor de instalações com chuveiros, criando condições para que a bicicleta seja utilizada como transporte até o local.
Todo tratamento da praça leva o pedestre à passarela, que reflete a materialidade e a forma da edificação principal, possuindo estrutura em concreto pré-fabricado e guarda-corpos laterais com os mesmos perfis das fachadas. Uma treliça que transparece pela membrana remete à história do local, em uma época em que o cruzamento pela via férrea era feito por uma passarela treliçada.
A edificação principal expressa a união entre tecnologias construtivas consagradas – que visam a melhor relação custo-benefício e excelência executiva, como o concreto pré-moldado, disposto em uma modulação de 7×10 metros – às tecnologias e decisões de projeto mais ousadas e que se relacionam com a essência cultural local, como a fachada versátil de tela tensionada, a madeira, a madeira carbonizada e a taipa de pilão.
O elemento da Taipa é a memória da arquitetura colonial de Santa Catarina e no Brasil, trazendo técnicas tradicionais e milenares, assim como a Madeira carbonizada, utilizada como técnica que remete ao Carvão, elemento fundador e de extrema importância para o desenvolvimento de Criciúma.
O conforto também é premissa. Não apenas o bioclimático pelas estratégias que contribuem para a redução do consumo de energia elétrica e água por meio dos painéis fotovoltaicos e captação de água através da cobertura verde, mas físico-sensorial. Ao demarcar um átrio amplo, iluminado, permite ventilação cruzada e junto a vegetação presente garante conforto acústico, visual e térmico. Dentre os espaços cria-se relações entre suas funções, podendo ser lugar de encontro, trabalho, estudo, lazer, expressão artística e cultural.